Ele era daquelas pessoas instensas. Que vivem o presente intensamente. Ela era passiva, exalava calmaria. Um era dia, outro noite. Um era chuva, outro um dia de sol. Um era o sim, e o outro era não.
Opostos e também iguais. Completavam um ao outro, e ao mesmo tempo não. Ele queria muito mais, queria o mundo. E ela, parte dele. Ele queria a incerteza, o novo, o não-convencional, e ela, queria a segurança, a responsabilidade. Ele não queria a calma que ela proporcionava, ele queria o agito. Ele queria a loucura, o viver, aproveitar cada segundo, e ela, pensava demais no futuro, desperdiçando os segundos. Ele queria muito mais do que ela tinha em mente. Tristemente. Ele queria a real companhia, estar a seu lado por toda a vida, e ela, boba, não percebia. Ele queria uma real amiga, mulher, amante, e ela, era ela, só ela. Ele queria compartilhar dos momentos, e ela, perdia esse precioso tempo. Ele queria muito, mas na verdade, não era nada. Era o que ela deveria ter lhe dado, antes mesmo de ser mencionado. Ele não pedia muito. Ele queria uma garota que pudesse estar sempre com ele, que lutasse por o que queria, que fosse decidida, tomada de coragem. Ele queria que ela vivesse, intensamente com ele, mas ela, acostumada a antiga vida, não se desprendia.
Faltava-lhe ações, atitudes e reciprocidade. Faltava-lhe perspicuidade. Pena. Ele lhe dava tudo. Amor era o que não faltava, carinho, atenção. Ele a tratou como uma princesa, mas ela não foi capaz de tratá-lo como rei. Seu amor era complicado, não era demonstrado. Mesmo ele sendo seu mundo, ela não teve a capacidade de faze-lo sorrir. Mesmo o seu amor sendo gigante, ela não deu tudo de si. Talvez porque estivesse acomodada com a situação, talvez estivesse acostumada a viver assim, mas ele não. Ela o deixou escapar por entre seus dedos, mesmo sabendo que poderia segurar sua mão. Ela o amava, mais que tudo, ele era seu mundo, mas a outro ver, parecia que não. Ela o amava. Pois ele tinha se transformado em uma parte de sua vida, de sua triste vida. Ele passou a ser seu escape, sua salvação. Ele passou a ser tudo o que jamais ninguém fora. Ele apresentou o amor á essa garota. O amor que ela não conhecia. Talvez não soubesse lidar.
Ele, ela. Amor, sofrimento, sorrisos, lágrimas. Ele só queria um amor real. Só queria olhar em seus olhos castanhos e sentir o amor. Ela queria demonstrar-lhe tudo isso, só não sabia como. Dois opostos, iguais, que se amam demais. Ela o queria mais que tudo, abandona-lo jamais. O mundo.
Ela o amava, seu primeiro real amor, tais suportariam a dor?
Ele a amava, apesar de tudo. Ficariam para sempre juntos ?
A única coisa que a dor me oferece de bonita, é a inspiração. ♥
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